Olá! Estamos de volta com o PianoBlog, bem-vindas, bem-vindos novamente! Meu nome é Carla Gullo e estamos na 3a temporada! Falamos tanto de música, mas você sabe, adoramos conceitos por aqui, além da nossa habitual curiosidade! Vamos então comemorar um ano de podcast com esta temporada falando sobre o conceito de música! Mas antes de começarmos, não é necessário seguir a temporada do primeiro episódio até agora, mas quando você puder, escute e nos mande um comentário sobre o que você achou sobre o nosso conteúdo. Se você quiser apoiar o PianoBlog de alguma forma, entre em contato com a gente!
E vamos lá! Música...o que é? Nossa primeira definição vem de um pedagogo musical do século XX, o qual eu gosto muito, chamado Edgar Willems. Ele afirma em seu livro O valor humano da educação musical, que música “é uma arte do movimento” (Willems, p.37).
Só um pequeno trecho já nos diz muita coisa: “a música é uma arte do movimento”. De fato, se não há movimento, não há música. Mesmo se a música for produzida em computador, mesmo se não for feita ao vivo, a música só pode ser resultado de movimento intencional sonoro. Pensemos na música em si, ela é um movimento dos sons, que é sua matéria-prima. Se pensarmos em todas as circunstâncias sobre as quais se convergiram para aquele único momento no qual a música é tocada no seu computador ou celular, percebemos que a música é uma arte do movimento, seja pelo som que escutamos, seja pelas condições em que o artista cria e produz a matéria sonora sobre a qual nos envolvemos, sentimos felizes ou não por ouvir música.
Se o som é matéria-prima da música, ele é livre para percorrer o espaço. Experimente ouvir um mesmo som várias vezes, como a buzina de um carro ou o barulho do computador. Ele é constante, parece não sair do lugar. Mas se temos dois sons diferentes, temos uma distância entre eles. Esta distância é chamada intervalo.
Nossa, então uma música pode ser sentida como se ela estivesse ocupando um espaço, tipo como notas dançando umas com as outras? Sim! Nomes para as notas e convenções como sons graves e agudos, ou sons baixos e altos, foram criados para imaginarmos a dança das notas. É interessante saber o que é música para compreendermos que a música está presente muito mais no nosso dia-a-dia do que pensamos!
Pensando que música é uma arte do movimento, assista um vídeoclipe no YouTube de um cantor, compositor ou de uma música que você goste bastante e veja se os movimentos que ele faz ou que as pessoas fazem ao tocar a música. Escolha videoclipes que você possa ver o que eles estão tocando naquele exato momento. Vídeos de piano, orquestras geralmente precisam desta sincronia para assistirmos, até porque o objetivo é perceber os movimentos do pianista ou do artista para o som. O que você percebeu? O que acontece quando os movimentos são pequenos e outros movimentos são maiores?
Se você descobrir algo bem legal, conte para mim, envie um email para carlagullopiano@gmail.com e me diga qual música que você escutou para analisarmos juntos por aqui nos próximos episódios.
Por falar nisso, veremos uma outra arte do movimento: a dança. Afinal, o que difere da música? As duas acontecem no tempo, e agora?!
Este episódio foi gravado no aplicativo em teste do Spotify chamado Greenroom. Até o próximo episódio!
Referências:
Willems, Edgar. El valor humano de la educación musical. Ed. Paidos, versão em espanhol, 1996.